A gestão de ativos é saber o que tem, onde está e em que estado se encontra — para que nada lhe escape.
A gestão de ativos coordena todas as etapas do ciclo de vida de um ativo. Isso implica avaliar constantemente oportunidades e riscos para garantir o desempenho ideal de cada investimento. O objetivo? Obter o maior retorno possível — e tornar a empresa mais competitiva.
No nosso caso, estamos a falar de ativos físicos. Neste contexto, a gestão de ativos abrange tudo: planear os ativos certos para os objetivos da empresa, adquiri-los, monitorizar o seu desempenho e decidir quando devem ser substituídos. A norma internacional que regula esta prática é a ISO 55000:2024.
De forma simples, o ciclo de vida dos ativos tem quatro fases:
Planeamento. O gestor identifica um obstáculo nos processos da empresa e procura o equipamento ideal para o resolver.
Aquisição. Calcula-se o ROI potencial, avalia-se o capital disponível e toma-se a decisão de compra.
Operação e Manutenção. O ativo começa a ser utilizado e traz benefícios. Com o tempo, precisa de mais manutenção — daí a famosa “curva da banheira”.
Descarte. O ativo chegou ao fim da sua vida útil e deve ser retirado de serviço, reciclado ou descartado de forma responsável.
Muitas empresas concentram-se na terceira fase, porque é aí que o ativo impacta diretamente o desempenho. Mas todas as etapas contam. Veja-se o setor da aviação, onde as companhias encomendam aviões anos antes, cuidam da segurança e garantem o conforto dos passageiros.
Mais do que conhecer o ciclo de vida, é essencial saber qual a vida útil dos seus ativos. Só assim conseguirá decidir se vale a pena continuar a investir ou se chegou a altura de substituir.
São conceitos relacionados, mas diferentes.
A gestão de ativos olha para o ciclo de vida completo dos equipamentos, custos, depreciação, entre outros.
A gestão da manutenção é mais específica — foca-se em manter os ativos físicos disponíveis, fiáveis, seguros e em bom estado durante toda a sua vida útil.
Isto inclui planear tarefas de manutenção, agendá-las e gerir os recursos necessários (peças, mão de obra, orçamento). A gestão da manutenção é uma parte fundamental da gestão de ativos — mas está longe de ser a única.
Em setores com muitos ativos, garantir a disponibilidade, fiabilidade e rentabilidade é uma enorme vantagem competitiva.
Um software de gestão de ativos dá-lhe uma visão global de todos os ativos da empresa — desde os fixos aos móveis e remotos. Numa única plataforma, transforma um sistema complexo numa fonte de informação acessível, permitindo manter o controlo e gerir ordens de trabalho com mais eficiência.
Com uma boa gestão de ativos, pode monitorizar o desempenho e manter um repositório completo de informação sobre cada ativo. Essa base de dados é essencial para melhorar processos e prever problemas antes que surjam.
Identifique rapidamente quando um ativo está a funcionar abaixo do esperado, com base em indicadores específicos. Automatize tarefas de manutenção e intervenha antes que surjam falhas — evitando paragens não planeadas e garantindo conformidade com normas ambientais, de saúde e segurança.
Com um software EAM, pode priorizar facilmente intervenções e garantir que os ativos críticos continuam a funcionar com eficiência máxima.
Ao analisar o ciclo de vida dos ativos, consegue prever quando é altura de substituir cada equipamento. Isso ajuda a planear melhor as compras e a distribuir os custos de manutenção ao longo do tempo.
Monitorizar os ativos e garantir a sua fiabilidade ajuda a cumprir normas da indústria e manter-se em conformidade com regras de qualidade e segurança.
Enterprise Asset Management (EAM) é a prática de rastrear, monitorizar e manter ativos físicos e infraestruturas. Empresas com muitos ativos usam EAM para manter tudo sob controlo — garantindo que nada falha.
É uma área em crescimento: o mercado de EAM deverá atingir os £4,8 mil milhões até 2026. Uma abordagem robusta reduz custos e maximiza o desempenho dos ativos. Sem EAM, os ativos podem degradar-se mais rapidamente, o que impacta diretamente a produtividade e os resultados da empresa.
Tudo começa por organizar os ativos com uma estrutura clara. Pode usar algo simples como uma folha de cálculo, mas a maioria das empresas opta por software especializado — instalado localmente ou na cloud.
Depois de adicionar os ativos, é possível editar detalhes, anexar documentação, manuais, contratos com fornecedores e muito mais — tudo num único local digital.
O sistema automatiza ordens de trabalho, manutenção preventiva, aprovações de faturas e a organização de equipas. Também guarda o histórico de reparações e intervenções, funcionando como uma base de conhecimento para os ativos de qualquer instalação.
Essa centralização facilita relatórios, formações, auditorias e a identificação de ineficiências.
Qualquer organização com muitos ativos pode beneficiar de um sistema EAM. Gestores de manutenção, responsáveis de instalações e técnicos usam o software diariamente, mas outros departamentos também podem aceder para manter os dados atualizados.
Sinais de que precisa de um EAM:
Ainda rastreia ativos em papel ou Excel
O CMMS tem dados pouco fiáveis
Ordens de trabalho estão a acumular
Há demasiadas falhas inesperadas
O consumo energético está elevado
Os ativos falham antes do previsto
A principal função de um sistema EAM é funcionar como uma base de conhecimento centralizada para todos os seus ativos. Este tipo de software serve como ponto de referência para manter os dados atualizados, automatizar tarefas de manutenção, identificar ineficiências e coordenar as equipas no terreno.
Embora as funcionalidades possam variar entre plataformas, as capacidades essenciais incluem:
A gestão do ciclo de vida dos ativos é a funcionalidade mais crítica de um sistema EAM. Todos os ativos têm um período de desempenho ideal antes de se tornarem ineficientes. O EAM permite prolongar esse período, identificando o momento em que os custos de manutenção e reparação começam a ultrapassar os de substituição.
A gestão de ordens de trabalho é uma funcionalidade essencial de qualquer EAM. Permite-lhe gerir os pedidos de manutenção com eficácia, priorizando automaticamente as ordens de trabalho e acompanhando o seu estado em tempo real.
Com o EAM, é possível atribuir as tarefas certas às pessoas certas. Acompanhe o desempenho, a formação e a atividade das suas equipas para garantir que os técnicos mais indicados são destacados para cada tarefa. Além disso, funcionalidades móveis e tecnologia NFC permitem atualizações imediatas no terreno, mantendo os dados sempre atualizados.
O software EAM também ajuda a gerir o inventário e a cadeia de abastecimento. Permite-lhe visualizar rapidamente níveis de stock, compras anteriores, fornecedores e até fazer previsões. Conhecer a procura interna por materiais em todos os departamentos ajuda a identificar poupanças reais e a reduzir o tempo de inatividade dos ativos críticos.
Com o EAM, pode gerar automaticamente vários tipos de relatórios, com dados que ajudam a identificar oportunidades de melhoria. Os dashboards com KPIs facilitam a análise e permitem monitorizar o progresso de forma simples e visual — facilitando a identificação de causas de ineficiências.
Os contratos com fornecedores, colaboradores e clientes são todos centralizados no sistema EAM, facilitando o controlo de custos e o cumprimento de normas como a PAS 55. Este controlo permite-lhe eliminar contratos redundantes e evitar falhas de conformidade.
As empresas utilizam software EAM para monitorizar o estado dos ativos, reduzir custos e aumentar a eficiência. O objetivo é manter os ativos a funcionar no seu melhor durante mais tempo — e isso consegue-se através da centralização de dados e da implementação de manutenção preditiva.
Em vez de reagir a avarias, um EAM identifica problemas ainda antes de causarem impacto. A manutenção preditiva é uma das formas mais eficazes de reduzir custos numa operação intensiva em ativos.
O EAM permite-lhe passar de uma abordagem reativa para uma gestão proativa — preventiva e preditiva — usando dados reais para antecipar necessidades de manutenção e planear com confiança.
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